domingo, janeiro 06, 2008

Ainda o tabaco... Temos de fazer alguma coisa

Estou mais ou menos furioso, só agora me apercebi na totalidade do impacto que esta lei discriminatória, injusta e completamente hipócrita e fascista tem nos "desgraçados" que, como eu fumam, e pagam com o seu vicio algumas das sinecuras dos privilegiados do regime.
O tabaco é um produto de venda livre e legal em Portugal, o tabaco rende largos milhões aos cofres do Estado, a liberdade comercial e individual é completamente aniquilada com esta lei estúpida e inconsequente.
É degradante ver bandos de "marginais" como eu a fumar à porta dos estabelecimentos, a serem obviamente apontados e rotulados, por consumir uma substancia que tem sido sempre social e económicamente aceite desde há séculos.
É tradição fumar e deixar fumar, desde que se respeite quem não o queira fazer.
Se querem impor areas livres de tabaco deixem a escolha a quem o queira fazer, defendam os direitos de quem não quer fumar, mas não ostracizem e reduzam à expressão mais baixa aqueles que o fazem de sua livre e espontanea vontade.

Tenho assistido à impotencia de muitos comerciantes e industriais de hotelaria que, claramente por defeito da lei, não sabem que tipo de "extracção" tem de instalar nos seus estabelecimentos para que os seus clientes possam fumar.

Era muito mais simples e transparente, pelo menos no que diz respeito a bares, discotecas e restaurantes deixar à escolha do proprietário se quer ou não ter "criminosos" dentro de portas.

Olhem para Espanha como exemplo, vejam a Irlanda e a quebra de vendas do sector da restauração e bebidas resultante da aplicação cega da lei.
Olhem ara Portugal como o País que é, para as pessoas que somos, não nos tentem transformar em Suiços ou nórdicos, respeitem-nos.
Eu não gosto de panascas, mas não os proibo, simplesmente não frequento os sitios onde eles páram. Com os fumadores pode-se ser igual, se não se fuma, não se vá onde se fuma.
É uma questão de escolha, e a Democracia pressupõe termos direito de escolha.

Eu não votei em ninguém para decidir dos meus vicios, dos meus vicios legais, entenda-se.

É tempo de agir, se não nos resta muito, é pelo menos tempo de incomodar esses inteligentes que sentados dentro dos seus bem equipados gabinetes se entretém a cozinhar iniciativas legislativas destinadas a incomodar o simples cidadão.

Se não querem fumadores, proibam a venda, ilegalizem o tabaco, não ganhem dinheiro com ele.
Estou revoltado e peço aqui, e vou-me dedicar a uma de duas iniciativas.

Uma petição para que esta lei seja revogada e substituida por uma mais justa e democrática, uma acção popular contra o Estado, algo pelo menos que nos una, a todos os que não gostam de ser tratados como judeus os tempos do Nazismo, só nos falta termos de colar uma estrela de David no peito e tatuarem-nos um numero de série no antebraço.

Sinto-me violentado no meu livre arbitrio, e acho que não é tempo de nos calarmos.
A cáfila reinante acha que o Povo é manso, para mim mansos são os bois.

estamos a ser empurrados lentamente para um totalitarismo moralista e bacoco, onde tudo e todos tem de ser politica e socialmente correctos segundo o modelo dos nossos "lideres".

Porque hoje é o tabaco, amanhã o café, depois as gorduras saturadas, os produtos regionais, o alcóol, a carne de porco, o sexo para fins recreativos, enfim, do que eles se lembrarem.
Muito perto e a seguir está a proibição de escrever coisas como esta.


O corpo é meu, a vida é minha, o tabaco é um produto aceite desde sempre pelos povos, é um produto tradicional.
Não sou a favor do tabaco, sou a favor do livre arbitrio, da liberdade de escolha e da viabilidade económica de muitos estabelecimentos, que vivendo já com dificuldades vão de certezaver o seu movimento afectado.

Amigos, fumadores ou não, é hora de fazer alguma coisa. Estamos cada vez mais nas mãos de burocratas e gente que cada vez mais se afasta da realidade das pessoas.

Pode ser a gota de água que me faça emigrar de vez!!!

Digam qualquer coisa, que para ser tratado como um criminoso, é suposto cometer primeiro um crime, e eu francamente estou quase.......

Não sou orgulhosamente fumador, mas gostava de continuar a ser orgulhosamente Português!

Abraços!!!

1 comentário:

Dalaila disse...

Eu assino qualquer papel, que me faça poder sentir livre nos espaços.
Acho que está aqui neste texto, tudo, não é preciso acrescentar mais nada, excepto que seguimos os exemplos dos países mais desenvolvidos, na castração... Que se siga também o resto, melhor educação, política de saúde - não existe, salários condizentes, aí sim eu não me importo de não poder fumar nos locais públicos, até aí, subscrevo qualquer atitude que permita aos estabelecimentos decidirem.
Tenho a certeza que eles nos querem de volta,
os cafés estão tristes...
Eu sempre fui defensora do D. Afonso Henriques mas.... na vizinha aqui do lado, demonstram mais uma vez inteligência.
Espero não ter que ir começar a passar os fins de semana à Galiza....

Gostei, e volto, eu que sou uma orgulhosa de quem não se orgulha de estar calado.