Vejo imagens do Quénia e de Moçambique e chego a duas conclusões:
-Ou se mudam as fronteiras políticas dos países, para fronteiras tribais;
-Ou se acaba de uma vez por todas com a hipocrisia de querer impor um sistema (Democracia) em países onde ninguém respeita as autoridades, a lei e os outros.
A primeira , assenta numa teoria, que grande parte dos problemas de África tem a sua génese na divisão dos países feita pela política de terra desbravada do colonizador. Vivem na maior parte dos países africanos, duas, três, quatro ou mais tribos, que histórica e culturalmente são inimigas, pelo que, quando há algum desaguisado politico, todos o ódios de estimação camuflados ao longo do anos vêem ao de cima em questões de segundos, partindo-se imediatamente para a guerrilha urbana, que mais não é do que a versão moderna dos conflitos na selva pela conquista de espaço dos seus ancestrais. Divida-se os países em tribos e metade dos problemas desaparecem!
A segunda opção assenta na minha vivencia própria. Em países onde não há respeito pelas autoridades, em que a lei não passa das estantes, em que o vizinho da noite para o dia passa a inimigo, onde não há cultura cívica, não há educação e não se respeitam os idosos e as crianças, não existem condições para se implementar um sistema democrático à imagem dos que se vivem na Europa. A única solução, nestes casos, nem será uma democracia dissimulada, será mesmo uma ditadura e musculada!